27 maio 2011

No outro dia perdi-me com José Luís Peixoto. Vejam o que descobri e partilho convosco. Percam-se também.



Em certos instantes, como agora, és uma sombra feita de vozes de crianças e jardins. Respiro-te, Lisboa, e peço-te que, por favor, não pares de me seguir.

Nasceste líquida, Lisboa. Ainda hoje, há uma parte do silêncio dessa hora que escorre por este tempo. A tua idade é feita de vidro. Nos seus muros transparentes, misturas o rio com o oceano. Ainda hoje, fonte, continuas a nascer.

Eu e tu, Lisboa. Eu, feito de praças, avenidas, becos, escadinhas, e tu, feita de esperança, olhos a brilhar. Às vezes, quase acredito que és demasiado nova para mim mas, depois, falas-me daquilo que aprendeste e tenho de abraçar-te. Talvez assim nos misturemos mais ainda.

Sentas-te num banco de jardim e não esperas. Sento-me ao teu lado, Lisboa. Podíamos perguntar-nos onde está a noite quando é dia, mas não o fazemos. Sabemos que a noite está sentada mais adiante, noutro banco de jardim. Conversamos com ela em pensamento.

De onde chegas, Lisboa? Cheiras a Brasil e a Luanda, cheiras a música e a chá. Na praça, os pombos são o contrário de uma explosão, trazem pedaços de ti, devolvem o céu que emprestaste ao mundo.

Abres o livro onde está escrita a nossa história. Aqueles que o lerem, serão capazes de acreditar que nunca existimos, que nascemos da imaginação de um escritor ou de uma cidade. Sorrimos perante essa ideia, Lisboa. Temos lábios, utilizamo-los para beijar-nos.

Levo os teus mapas debaixo da pele e caminho neles. Atravesso as tuas artérias, Lisboa, aproximo-me do teu coração e contemplo-o. Sou eu diante de uma montanha. És tu. És tu dentro de mim.

A cor dos teus olhos, Lisboa, acorda de manhã com o céu. Eu e um exército de irmãos somos a ponta dos teus dedos. Connosco, tocas o dia e, depois, para te aconchegares, estendes o entardecer sobre ti.


José Luís Peixoto





03 maio 2011

In the name of God ...

"Let us remember that we can do these things not just because of wealth or power, but because of who we are: one nation, under God, indivisible, with liberty and justice for all.
Thank you. May God bless you. And may God bless the United States of America." Barack Obama



Bin Laden cometeu crimes terroristas em nome de  Deus  mas quando finalmente acontece o que o Mundo há tanto esperava (e o líder da Al-Qaeda é morto), Obama responde referindo-se entre outros argumentos, ao mesmo do seu maior inimigo : o nome de Deus, ... because God bless America!

De facto, a palavra Deus é fortemente mobilizadora. Obama é assertivo tanto quando usa as palavras de igualdade, de Martin Luther King, como quando usa o nome de Deus para alimentar o radicalismo religioso, validando também o radicalismo Islâmico.
Obama transforma estes acontecimentos numa perfeita guerra religiosa: matámos Bin Laden, não porque somos um país poderoso, mas porque somos um país protegido por Deus.
Discurso perfeitamente encaixado no Governo de Bush.


Deus é desculpa para tudo: desde que assim convenha, Deus protege todos os povos e todos os actos.


So.. Thanks God! (for this wonderfull World)

Paris

Quand j'ai décidé devenir à Paris, je savais que j'allais vivre une belle expérience mais je ne me doutais pas que j'allais tomber aussi amoureuse de cette ville si magique et que j'allais rencontrer des personnes aussi extraordinaires.


Paris me manque, les instants précieux que j'y ai partagé me manquent.. 
J'ai connu des personnes venus des quatre coins du monde et avec qui j'ai partagé des fous rires, des soirées alcoolisées, des visites émerveillés et avec qui je me suis liée étroitement d'amitié
Jamais je n'oublierai leurs sourires, leurs gestes affectueux, leurs blagues et leur amitié.


Merci á vous!