O Novo Acordo Ortográfico

Neste blog escreve-se em Português.

Em português com P’s inúteis, com C’s desnecessários ou até com Hífens indesejados (por quem deles se esquece, claro).

Para mim, é verdadeiramente incómodo escrever sem os c’s, os p’s, os ífens, e embora menos, algumas palavras com minúscula. É verdadeiramente angustiante que o meu irmão me peça para corrigir os seus textos usando o grande Novo Acordo Ortográfico. Nota: Ele está a estudar no Brasil.

Incomoda-me que ele venha a ser um grande Arquiteto e, quem sabe, eu, uma Atriz (pequena).  

É certo que todas as Línguas sofrem alterações, que são por uns anos, incómodas a muita gente. Podemos até admitir que algumas sejam úteis, caso contrário estaríamos hoje a escrever Pharmácia.

As Línguas não mudam no dia X à hora Y. As Línguas vão mudando. Vão mudando com as culturas, vão mudando com o tempo. Chama-se a isso evolução.

É o uso da palavra e da Língua que a fazem mudar, ao longo dos tempos. São as pessoas que a mudam.  

Quais são os argumentos? Há argumentos? Neste país nem se explica às pessoas porque é que vão ter que começar a escrever de maneira diferente de um dia para o outro. Há meses que não se ouve falar nisto. Alguém já percebeu se afinal é, ou não obrigatório?

Se essa mudança repentina é necessária, se é vantajosa para o país, expliquem-nos como. (Vantajoso seria investir na cultura, nas nossas artes e na Língua)

Se o objectivo – ou objetivo - for só o de tornar a Língua Portuguesa mais fácil (pra facilitar), vão passear. Aqui, escreve-se em Português. 

Vamos chorar com músicas?

Vamos chorar com músicas? 
Gostava de saber de que estilos de música gosto. Mas não sei. 
Gosto das que me dão qualquer coisa, vontade de chorar, de dançar em frente ao espelho de olhos fechados, ou das que me fazem sonhar! 
Gosto das músicas que me fazem pensar que só por elas, a vida vale a pena! 
Quem não ouve música é feliz? Não pode.  
Às vezes também gostava de poder dizer que o meu estilo é o Jazz, é o indie ou até mesmo o "alternativo" (que um dia hei de perceber o que é). 
Mas não, o meu estilo é ouvir música, sem a perceber, descrever, sem lhe atribuir nomes ou categorias!
E quem me pede que baixe o volume, que me chegue para lá, ou que pare de cantar porque não sei a letra ou porque repito sempre a mesma parte, sabe o que é gostar música? Será que sabe o que é ser livre?

Vamos chorar com músicas? Vamos. 
Fiquem com esta. 

JazzLogical: para os amantes do jazz

A JazzLogical é um site sobre jazz que é, ao mesmo tempo, uma agenda sempre actualizada de festivais e concertos, grandes e pequenos, dentro e fora da capital, e uma página de críticas do que o autor, Leonel Santos, vai ouvindo em casa ou em festivais pelo país fora.

Neste espaço há também lugar para opiniões de outras personalidades do jazz e ainda, na secção O gato que ri, críticas livres e despreocupadas do autor a outras personalidades exteriores ao universo do jazz.

Leonel Santos é funcionário público, é licenciado e mestre em Antropologia e é pai, mas é o jazz que lhe enche os ouvidos 24 horas por dia, desde o ano de 1971, quando ouviu Miles Davis, no primeiro Festival Cascais Jazz.

Teve duas rádios pirata, escreveu para o Diário de Notícias, para o Independente, para a Revista da Música e fundou e dirigiu a redacção da primeira revista de jazz em português, a AllJazz.

Sem lucros, sem patrocínios e sem obrigações. Na JazzLogical, Leonel Santos escreve sobre o que lhe apetece.

Disponível em www.jazzlogical.net .

La Tour Eiffel

Que aperto enorme, que vontade de chorar, de voltar.
Esta fotografia foi tirada por mim. Uma das milhares que tirei à torre eifel. Fotografei-a vezes sem conta, sem nunca me cansar. Olhei p´ra ela e nalguns momentos, acho que desabafei com ela. No último dia, despedi-me dela.
Esta era a vista que tinha do comboio todas as manhãs e fins de tarde, há pouco mais de um ano.