24 julho 2011

Amy Winehouse



Desperdício é a única palavra que me ocorre.
Bem a propósito dos últimos posts deste blog... parece que já adivinhava... não adivinhei mas enquanto os media entretiam o público com fotografias decadentes, eu temia muitas vezes que isto acontecesse - e aconteceu, demasiado cedo. E causou-me um nó na garganta como há muito não tinha. 
Mais um talento desperdiçado, atirado ao lixo e entregue à mesma merda de sempre - a cocaína. É quase uma história que ouvimos mas que já lhe conhecemos o fim. 
Mas há sempre esperança porque talentos destes não deviam morrer tão cedo, ou pelo menos deviam deixar-nos um bocadinho mais...2 álbuns soube-nos a pouco!

Neste blog, como na vida, procura-se a beleza das coisas, não a miséria. 
E como não vivemos para as audiências, não fazemos o que fizeram os media nos últimos anos da cantora. Falou-se da Amy decadente (as nódoas negras vendiam mais do que os álbuns) e não do que realmente interessa: a Voz, poderosa, enorme, cheia de ritmo e muito, muito Soul.






21 julho 2011

Quem sai aos seus ...

Quem disse que quem sai aos seus não degenera?
Maria Rita não podia deixar de ser - justa ou injustamente - ouvida, olhada, elogiada, criticada, em comparação com a sua mãe Elis Regina - única e incomparável.

E mais uma vez se compara mãe e filha: quando se chega ao concerto da filha as expectativas são muito altas, espera-se que brilhe no palco como a sua mãe brilhava! Mas Maria Rita é boa mas nunca chegará - e não deve estar nos seus planos - aos calcanhares da sua mãe.
   
Elis Regina foi considerada a  melhor cantora brasileira. Podia-vos falar da inconfundível voz, das canções... mas Elis Regina era um bicho de palco: não parava de dançar, de saltar e de sorrir. O seu corpo e expressões não deixavam, nem deixam ninguém indiferente e emocionam qualquer um. 

Neste blog a cocaína já matou 2 estrelas demasiado cedo.  
"A vontade de vida" de Elis Regina, que se nota em qualquer canção, e que foi referida por Maria Betânia, levou muita gente a não compreender a sua morte, aos 36 anos por dose excessiva de cocaína. 



20 julho 2011

Uma estrela que desapareceu antes do tempo



Basquiat nasceu em 1960 em Brooklin e começou a pintar com a mãe aos 4 anos. Depois da separação dos pais foi viver com o pai de quem fugiu aos 15 anos. A rebeldia definiu, além da sua arte, o seu carácter desde muito cedo. Conheceu Al Diaz, graffiter com quem criou a personagem SAMO (Same Old Shit), e com quem espalhou frases e poemas pelos comboios de Manhattan. Foi com ela que aprendeu mas foi também com ela que passou dias a tomar ácidos quando fugiu pela 2 vez de casa do pai, a quem sempre disse que ia ter muito sucesso a fazer tudo aquilo.

Aos 18 anos, o pai dá-lhe dinheiro para viver, em troca de construir o seu sucesso. Quando se separa de Al Diaz, surge por todo lado a frase “SAMO is dead”. SAMO e a junção da arte do graffiti com o expressionismo abstracto que definiam os seus trabalhos, os trabalhos de Basquiat continuaram a ter muito sucesso. Foi músico e foi actor principal num filme sobre arte e a sua própria vida “New York Beat”, escrito por O’Brian, que o apresenta a Andy Warhol.


Em 1981 foi viver com a namorada Suzanne Mallouk e expôs as suas obras numa exposição ao lado de nomes como Maplehorp e Warhol e no dia seguinte à exposição, Basquiat voltou a Brooklin e disse “Papa I’ve made it”. 
O ano continuou cheio de sucesso para Basquiat e em Maio viaja para Itália para expor sozinho pela primeira vez, numa exposição a que chamou SAMO. A artista Aninna Noise convida-o para trabalhar no seu estúdio e lança-o definitivamente. Nos anos seguintes Basquiat expôs em seu nome nas galerias mais importantes de todo o Mundo.
Basquiat foi músico, actor do seu próprio filme, graffiter e pintor e aos 27 anos morreu por intoxicação com opiáceos e cocaína.




17 julho 2011

You Can't Win Charlie Brown

Escolho uma música e escolho um local: You Can't Win Charlie Brown e Lisboa como pano de fundo.. 
Eles estiveram em escadas, em jardins e em recantos de Lisboa a dar música a quem passava e a quem ficou.
Os portugueses YCWCB são música de fundo, música pra dançar e música de jardim... 

Musée d'Orsay

Saí de casa sozinha - livre, não solitária - numa manhã escura e fria e decidi ir ao Musée d'Orsay!
Que decisão tão boa! Quando saí, senti a primeira neve do ano em Paris!
Sou livre, tenho
 a neve, o Van Gogh e tenho Paris por minha conta. Não podia ser mais feliz!